quarta-feira, 4 de junho de 2014

O amor liberta!

Depois de muuuito tempo sem escrever, resolvi retomar a escrita no blog com temas, assuntos e percepções minhas ou que me impactam de alguma forma.
Hoje eu escolhi dividir um insight que tive há alguns meses atrás e que me impactou profundamente e mudou toda a minha forma de perceber o mundo e a mim mesma.
Já falei em algumas outras postagens, sobre a importância de sermos verdadeiramente aceitos tal qual somos, do quão raro é que isso de fato aconteça e como isso influencia no processo de adoecimento e neurose. 
Pois bem, há alguns meses tive a compreensão de que, quando alguém nos dá um rótulo qualquer (por exemplo, "você é muito bravo"), geralmente adotamos um dos dois caminhos: 1- aceitamos o rótulo ("sim, sou bravo mesmo") ou 2- repudiamos o rótulo ("não sou bravo, não sei por que você/todos acham isso). De qualquer forma, quando lidamos com o rótulo que alguém nos dá, invariavelmente o "aceitamos", pois o incorporamos à nossa vivência, à nossa realidade e a quem somos (ainda que seja para repudiá-lo). Mesmo quando lutamos para provar que não temos determinada característica (e curiosamente na maioria das vezes são características consideradas pelos outros ou por nós mesmos como ruins), acabamos por reforçá-la ainda mais, seja na percepção que o outro têm de nós, seja em nossa própria percepção de nós mesmos.
Mas e se fôssemos genuinamente aceitos por aquilo que somos, será que teríamos a necessidade de provar qualquer coisa? E não tendo essa necessidade, será que permaneceríamos agindo conforme o rótulo?
Meu insight se deu quando, através de um sonho, pude experimentar a aceitação e acolhimento genuínos de determinada característica de personalidade que supostamente seria uma característica minha (ênfase no supostamente). Essa aceitação ficou clara através de um gesto que exprimia amor, verdadeiro amor por essa característica simplesmente por "ser minha". Não importava se era algo bom ou ruim. Na verdade nem havia a concepção ou conceito de algo bom ou ruim!!! Não era o "acolhimento" do tipo "nós te amamos apesar de...", mas sim "nós te amamos". Ponto! 
E eis agora o pulo do gato: a partir do momento em que houve essa real aceitação, esse amor incondicional, compreendi com uma clareza absurda que quando somos de fato aceitos em nossa singularidade, tal qual somos, sem julgamentos, nos vemos livres para sermos o que quer que sejamos ou que possamos ser. Os rótulos de antes deixam de fazer sentido e você passa a se questionar se você realmente é tudo aquilo que acredita ser, ou se você só se acredita sendo assim por ter se construído a partir das percepções dos outros a seu respeito.
Deixo-os com essa reflexão. ;)

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