Dando continuidade ao esclarecimento sobre o olhar da GT sobre o homem e o mundo, hoje vou abordar um dos conceitos centrais, que mais tarde vão embasar várias indagações, questionamentos e colocações acerca das dificuldades que nós encontramos durante a nossa caminhada pela vida.
Estou falando da homeostase, que nada mais é que o processo através do qual o organismo satisfaz as suas necessidades e interage com o seu meio, buscando o equilíbrio. Para a GT, a homeostase não se refere apenas aos aspectos fisiológicos de fome, frio, calor, mas também aos aspectos psicológicos.
Você pode se perguntar de que forma esse conceito vai influenciar num processo terapêutico? E a resposta que eu dou para essa pergunta é que esse "pequeno" conceito tem implicações como o fato de que a partir do momento que entendemos que o organismo como um todo - no post anterior falei sobre o conceito de que o todo é diferente da soma das partes e funcionamos como um TODO -, que busca constantemente no meio em que está inserido, estar em equilíbrio, muda também o conceito de "saúde e doença" com o qual estamos acostumados a trabalhar.
Uma das coisas que mais me encanta na Gestalt-terapia é justamente isso! Uma pessoa que se encontra com dificuldades na vida, que se encontra em momento de dor, sentindo-se deprimida, com fobias que não consegue explicar ou resolver, na verdade está numa busca desesperada por reestabelecer seu equilíbrio.
Alguma coisa ou acontecimento, em algum momento, interrompeu a sua possibilidade de auto-regulação com o meio, de satisfazer suas necessidades.
Para a GT saúde não significa a ausência de doença. Considera-se que quando o processo homeostático (no sentido fisiológico e psicológico) é mantido, tem-se o estado de saúde, ainda que em condições adversas. Quando a pessoa consegue identificar suas necessidades, quando consegue formar uma figura clara, nítida e discriminar como pode satisfazer aquela necessidade, fechar a gestalt, se o seu relacionamento no campo organismo/ambiente é mutuamente satisfatório, é considerado saudável, caso contrário, considera-se disfuncional (e não "doente").
Ou seja, nossa maneira de lidar com as variadas neuroses, como chamamos em psicologia, é justamente não enquadrando o indivíduo dentro de uma patologia (fulano é depressivo, ciclano é bipolar e etc.), pois entendemos que esta é apenas uma maneira que ele encontrou de lidar com a situação em determinado momento, de acordo com as condições e o suporte que tinha naquele momento.
Essa discussão ainda rende muito pano pra manga e há ainda muitas outras coisas envolvidas nessa simples colocação. Proponho que cada um possa questionar seu modo de funcionar perante as mais diversas situações e as coisas que gostariam de mudar, e se perguntem se em algum momento, esse modo de agir não foi o melhor que tinham à sua disposição na época de sua origem e se hoje, ele ainda é o melhor que se tem às disposição.
Estou falando da homeostase, que nada mais é que o processo através do qual o organismo satisfaz as suas necessidades e interage com o seu meio, buscando o equilíbrio. Para a GT, a homeostase não se refere apenas aos aspectos fisiológicos de fome, frio, calor, mas também aos aspectos psicológicos.
Você pode se perguntar de que forma esse conceito vai influenciar num processo terapêutico? E a resposta que eu dou para essa pergunta é que esse "pequeno" conceito tem implicações como o fato de que a partir do momento que entendemos que o organismo como um todo - no post anterior falei sobre o conceito de que o todo é diferente da soma das partes e funcionamos como um TODO -, que busca constantemente no meio em que está inserido, estar em equilíbrio, muda também o conceito de "saúde e doença" com o qual estamos acostumados a trabalhar.
Uma das coisas que mais me encanta na Gestalt-terapia é justamente isso! Uma pessoa que se encontra com dificuldades na vida, que se encontra em momento de dor, sentindo-se deprimida, com fobias que não consegue explicar ou resolver, na verdade está numa busca desesperada por reestabelecer seu equilíbrio.
Alguma coisa ou acontecimento, em algum momento, interrompeu a sua possibilidade de auto-regulação com o meio, de satisfazer suas necessidades.
Para a GT saúde não significa a ausência de doença. Considera-se que quando o processo homeostático (no sentido fisiológico e psicológico) é mantido, tem-se o estado de saúde, ainda que em condições adversas. Quando a pessoa consegue identificar suas necessidades, quando consegue formar uma figura clara, nítida e discriminar como pode satisfazer aquela necessidade, fechar a gestalt, se o seu relacionamento no campo organismo/ambiente é mutuamente satisfatório, é considerado saudável, caso contrário, considera-se disfuncional (e não "doente").
Ou seja, nossa maneira de lidar com as variadas neuroses, como chamamos em psicologia, é justamente não enquadrando o indivíduo dentro de uma patologia (fulano é depressivo, ciclano é bipolar e etc.), pois entendemos que esta é apenas uma maneira que ele encontrou de lidar com a situação em determinado momento, de acordo com as condições e o suporte que tinha naquele momento.
Essa discussão ainda rende muito pano pra manga e há ainda muitas outras coisas envolvidas nessa simples colocação. Proponho que cada um possa questionar seu modo de funcionar perante as mais diversas situações e as coisas que gostariam de mudar, e se perguntem se em algum momento, esse modo de agir não foi o melhor que tinham à sua disposição na época de sua origem e se hoje, ele ainda é o melhor que se tem às disposição.
Obrigada pro esse texto!
ResponderExcluirMe ajudou bastante a entender o processo que estou vivendo.
Abraço!
A Gestalt é a coisa mais linda que já vi...apaixonada obrigada pela postagem
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