quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Exercício do Outro

Olá!

Hoje divido com vocês uma pequena história - ou exercício - que encontrei num dos livros de Paulo Coelho.
Espero que possamos todos fazer esse exercício com bastante freqüência e que o Outro dê lugar a quem realmente somos: cheios que potencialidades, possibilidades, fluidez, esponteneidade.

"Um sujeito encontra um velho amigo - que vive tentando acertar na vida, sem resultado. "Vou ter que dar alguns trocados pra ele", pensa. Acontece que, naquela noite, descobre que seu velho amigo está rico, e veio pagar todas as dívidas que havia contraído no decorrer dos anos.
Vão até um bar que costumavam freqüentar juntos e ele paga a bebida de todos. Quando lhe indagam a razão de tanto êxito, responde que até dias atrás estava vivendo o Outro.
- O que é o Outro? - perguntaram.
 - O Outro é aquele que me ensinaram a ser, mas que não sou eu. O Outro acredita que a obrigação do homem é passar a vida inteira pensando em como juntar dinheiro para não morrer de fome quando ficar velho. Tanto pensa e tanto faz planos, que só descobre que está vivo quando seus dias na Terra estão quase terminando. Mas aí é tarde demais.
- E você, quem é?
- Eu sou o que qualquer um de nós é, se escutar seu coração. Uma pessoa que se deslumbra diante do mistério da vida, que está aberta aos milagres, que sente alegria e entusiasmo pelo que faz. Só que o Outro, com medo de decepcionar-se, não me deixava agir.
- Mas existe sofrimento - dizem as pessoas no bar.
- Existem derrotas. Mas ninguém escapa delas. Por isso, é melhor perder alguns combates na luta por seus sonhos que ser derrotado sem sequer saber por que você está lutando.
- Só isto? - perguntaram.
- Sim. Quando descobri isto, acordei decidido a ser o que realmente sempre desejei. O Outro ficou ali, no meu quarto, me olhando, mas não o deixei mais entrar - embora tenha procurado me assustar algumas vezes, me alertando para os riscos de não pensar no futuro.
A partir do momento em que expulsei o Outro da minha vida, a energia Divina operou seus mlagres".
  (Na margem do Rio Piedra eu sentei e Chorei, Paulo Coelho).



2 comentários:

  1. Sinto que preciso ler esse livro, sis! Nem que seja só pra não me perder de mim mesma =)

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  2. 11 anos depois, foi a minha vez de descobrir essa história. Tô preso nela.

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