Depois de um longo tempo sem escrever, cá estou eu novamente. Meu processo de escrever é assim...às vezes eu preciso ir "digerindo" as idéias até que considere que elas fazem sentido o bastante para passar para o concreto. Esses tempos estava pensando no conceito de fronteira de familiaridade da gestalt-terapia. Quando falei de contato num dos primeiros posts do blog, mencionei que o contato acontece na fronteira, entre aquilo que sou eu e não-eu. Essa fronteira não é algo palpável, algo visível, mas ela está ali. É o que torna possível identicar o que faz parte de mim e o que não faz. É ali que ocorrem as trocas com o meio, é o que nos permite acessar o mundo, tocarmos e sermos tocados e ao mesmo tempo, o que nos limita e nos protege (para que fique mais claro, olhar também o post sobre contato).
Olhar para essas coisas, estar ciente das coisas que fazemos a nós mesmos, do quanto interrompemos nosso fluxo e troca saudável com o meio ou nos limitando em uma redoma sufocante ou nos deixando ser atropelados por qualquer coisa que apareça, não é algo fácil - mas é extremamente necessário. Então proponho que por alguns instantes você possa refletir com o que já é conhecido na sua vida: padrões de situações, de pessoas, de sentimentos. O que tem sido familiar a você a ponto de algo que é desejado ser mais assustador do que a "cama de pregos" em que você está? O que o impede de sair desse lugar conhecido e sofrido?