Minha amiga e colega de profissão Juliana Schmidt me mandou um email com uma mensagem interessante. Óbvia, mas que acredito que poucos a incorporem.
Dizia a mensagem que a FELICIDADE (assim mesmo, em letras maiúsculas) não existe. Existe a felicidade, aquela, em doses homeopáticas, que acontece várias vezes ao dia nas mínimas coisas. A felicidade de um telefonema, de ler um bom livro, de comer sua refeição predileta, ouvir músicas das quais se gosta, um beijo, um abraço.
A nossa cultura venda uma idéia de que a felicidade é algo a ser alcançado, algo assim, distante, lá longe, que quando se atinge, dura uma eternidade, é "inquebrantável". E mesmo sem querer, acredito que embarcamos nessa idéia de mala e cuia. Vivemos esperando pelo dia em que teremos mais dinheiro pra poder viajar e comprar tudo aquilo que quisermos, pelo dia em o príncipe (ou princesa) encantado vai aparecer e preencher o vazio em nossas vidas, pela família grande e feliz, pelos filhos carinhosos e que não dão jamais trabalho algum. Aquela perfeição de filmes e novelas que simplesmente não existe, visto que somos todos humanos, passíveis de erros, de emoções intensas, de expectativas altas e frustradas.
Tendo em mente que somos únicos, o próprio conceito de felicidade varia de pessoa para pessoa. Fica complicado então, despejar essa responsabilidade nos ombros de alguém (seja a família, o amigo, o amor). Quando se olha pra frente, para aquilo que ainda não aconteceu, que talvez - e só talvez - um dia vá acontecer, perde-se a consciência de tudo que está acontecendo nesse exato momento, no presente. Daquelas coisas que nos dão alegria, que nos trazem satisfação, efetivamente naquele exato momento. Que são mais reais do que qualquer fantasia de futuro e no entanto, não são notadas e reconhecidas porque não se está ali, presente.
Proponho então, que cada um busque no seu dia-a-dia as coisas que lhe fazem feliz. Tentem reconhecer esses momentos quando eles acontecem lhes dêem o devido valor. "Melhor ser minimamente feliz várias vezes ao dia do que viver eternamente em compasso de espera" (Leila Ferreira, jornalista).